O Festival do Folclore da Estância Turística de Olímpia já tem mais de 50 edições, e realizado todos os anos no mês de Agosto na Praça de Atividades Folclóricas “Prof. José Sant’anna”. A programação do evento inclui, além de danças, palestras, gincanas e oficina de brinquedos tradicionais, infantis, exposição de artesanato, culinária brasileira, desfile, apresentações em escolas e peregrinação pela cidade.
Além de preservar e manter a cultura popular o Festival fomenta o comércio, o turismo e os serviços na cidade e em toda região noroeste do Estado de São Paulo. Olímpia mantém e incentiva durante todo o ano grupos folclóricos locais.
O Festival do Folclore de Olímpia é o mais Tradicional do Brasil!
A Praça de Atividades Folclóricas “Prof. José Sant’anna”, área com 9,6 hectares, apresenta anualmente muitos grupos Folclóricos e Parafolclóricos de vários estados e recebe visitantes de todas as regiões do país.
O Festival do Folclore é um encontro da cultura Brasileira. Além de preservar e manter a cultura popular o Festival fomenta o comércio, o turismo e os serviços na cidade e em toda região noroeste do Estado de São Paulo. Olímpia mantém e incentiva durante todo o ano grupos folclóricos locais, os quais hoje são 15 (quinze) Folclóricos e 3 (três) Parafolclóricos. O estudo de folclore no município faz parte do currículo escolar nas escolas públicas e privadas e para o futuro é almejada a criação da Universidade Livre de Folclore.
José Sant’anna, criador dos Festivais do Folclore, durante sua atividade pedagógica em meados da década de 50, se descobriu com vocação ao estudo do folclore brasileiro, tornado-se desde então um atuante de denodado folclorólogo. Ao elaborar pesquisas e exposições acerca do assunto, empreendidas com auxílio de seu alunado e restritas ao âmbito escolar, o professor as transcendeu ás ruas olimpienses realizando assim em 1965, o 1º Festival do Folclore de Olímpia, evento que é hoje detentor de alto prestígio e que em razão de tais méritos tornou-se de projeção nacional, ensejando à Olímpia o consagrado título de “Capital do Folclore”.
Identificação do Festival
Objetivos e Metas
Como nas demais edições, resgatar e preservar as manifestações da Cultura Tradicional de todas regiões do nosso país proporcionando a interação entre todos os integrantes nos alojamentos, no refeitório e no local de confraternização.
A troca de informações e oportunidades de pesquisas que ocorrem durante o festival é de grande importância para o crescimento e fortalecimento dos grupos que aqui se encontram vindos de norte a sul do país.
Formar a consciência para a Cultura e Paz.
Contribuir para o fomento da capacidade econômica local.
Justificativa
Anualmente Olímpia se transforma na Capital do Folclore Brasileiro.
Estudiosos, pesquisadores e amantes da cultura encontram nos festivais, condições para execução de seus trabalhos acadêmicos, na busca por resultados positivos e esperados em suas pesquisas.
Em decorrência de muitas manifestações folclóricas estarem em vias de extinção, a sobrevivência de muitos destes grupos folclóricos encontram no Festival de Olímpia motivação para manterem-se vivos, atuantes e desta forma a tradição e a cultura popular se mantém preservadas.
Milhares de estudantes de todos os níveis escolares encontram no Festival do Folclore fonte de pesquisa e desenvolvem o espírito de cidadania e civismo através de conhecimento de suas raízes.
A economia local e regional é fortalecida com a realização do evento.
Cronograma de Atividades
Apresentação de grupos Folclóricos e Parafolclóricos - Pontos de Danças em vários lugares no Recinto. Música e Dança de todas as regiões brasileiras são mostrados ao público que passa pelo Festival diariamente.
Peregrinação Folclórica - Através de apresentações os grupos Folclóricos e Parafolclóricos que visitam estabelecimentos comerciais, órgãos públicos, agências bancárias, os quais levam o festival a toda comunidade.
Seminários de Estudos Sobre Folclore - Palestras ministradas por especialistas em Folclore com a participação de educadores, estudantes e pesquisadores. Temas expostos e debatidos em mesa redonda. Organização: Comissão Paulista de Folclore e Secretaria Municipal de Educação.
Campeonato Malha Bocha e Truco - É tradição dentro da programação a realização desses campeonatos.
Gincana de brinquedos tradicionais infantis - Proporcionar às crianças a oportunidade de participar e vivenciar as brincadeiras da infância, de forma que o resgate destas atividades estimule a brincarem durante todo o ano nas suas residências e nos pátios das escolas. Participam estudantes locais e das demais cidades visitantes.
Oficina Folclorança - Atividades que desenvolvem a criatividade e habilidade na confecção de brinquedos para as brincadeiras infantis (papagaios/pipas, bitu, pião, arco...) a partir de sucata e material reciclável. Participam crianças da comunidade e os demais visitantes.
Mostra de Artesanato - Participação de artesãos locais, da região do estado de São Paulo e outros estados.
Exposição e Concurso de Artes- Amostra de pintura e escultura, tendo com o tema o folclore, com participação de artistas locais e regionais, incluindo outros estados do país.
Noites típicas: Música, Dança e Culinária típica - Num espaço próprio, os grupos presentes no Festival confraternizam com o público divulgado a sua música, a sua dança e a sua culinária típica.
Recitação de poemas, versos e contos - Estimular a pesquisa, estudo e produção/criação de textos sobre o folclore nacional e desenvolver a oralidade e expressões artísticas.
Oficina de Literatura - Desenvolver a escrita, leitura e criação de textos sobre o folclore nacional com produção em diferentes tipologias.
Oficina de folguedos folclóricos - Estimular os alunos a pesquisar e estudar os folguedos folclóricos.
Oficina de Artesanato - Artesões Olimpienses em esquema de revezamento fazem o repasse de suas técnicas, gerando o desenvolvimento auto-sustentável para família de baixa renda.
Desfile Apoteótico - Apresentação de coreografia, enredos e ritmos, realizando a confraternização com todos os grupos folclóricos. Desfilam pelas avenidas da cidade aproximadamente 70 grupos totalizando cerca de 3.000 pessoas.
Museu de História e Folclore Maria Olímpia - Visita ao rico acervo com apresentação e integração de grupos Folclóricos dentro do Museu promovendo e divulgando o folclore nacional.
Mini-festival do Folclore - Um dos eventos diários do Festival é apresentado por crianças das escolas da rede pública, que durante todo o ano letivo em horários alternativos aos das aulas, estudam e praticam as tradições folclóricas do Estado homenageado.
Visita aos Distritos - Apresentação de danças folclóricas para os moradores dos Distritos de Olímpia que recebem a visita de grupos folclóricos participantes do festival.
Missa de Ação de Graças - Apresentação de grupos de violeiros Mensageiros de Cristo e a participação de Grupos Folclóricos e Parafolclóricos.
Olimpex - Exposição filatélica cujo tema é Folclore Brasileiro, com o apoio de colecionadores e da Agência de Correios Brasileira.
TODAS AS ATIVIDADES SÃO GRATUITAS.
Rally do Folclore - Competição esportiva de carros ou motos, em várias modalidades realizadas em lugares de percuso difícil.
FONTE: http://www.folcloreolimpia.com.br/produto/Sobre-o-Festival/3/
POR QUE CAPITAL NACIONAL DO FOLCLORE?
Lendo a biografia de Amadeu Amaral, escrita por Paulo Duarte, verificamos que o autor das “Tradições Populares” e o criador dos nossos festivais penetram nos domínios do folclore, percorrendo os mesmos caminhos: conheceram uma fase engatinhante, passaram por um período de pesquisas metódicas e sistemáticas e, finalmente, transformaram o estudo das maneiras de pensar, agir e sentir do povo, em paixão dominante. Ambos contribuíram à sua maneira para o conhecimento e a divulgação do folclore.
No entanto, Amadeu Amaral viveu numa época em que o trato com o folclore brasileiro tinha aspectos embrionários, foi precursor em muita cousa e os resultados da sua atuação de folclorista foram os livros que escreveu e os numerosos artigos que deixou em jornais e revistas do tempo. José Sant´anna,ao contrário, passou a entusiasmar-se pelo assunto quando o folclore, no Brasil, já ocupava o devido lugar como ciência e deu, por assim dizer, um sentido prático aos conhecimentos adquiridos em livros de pesquisas e acabou por levar as manifestações folclóricas para as ruas. Daí o aparecimento dos Festivais Folclóricos de Olímpia que já pertencem à tradição da cidade.
Ele começou a interessar-se pelo folclore, em 1956. No ano seguinte já pensava em criar para Olímpia um órgão que pudesse divulgar e proteger os grupos então existentes, Proferiu palestras acerca da importância daquela ciência. Reuniu material para a primeira exposição, constituída por objetos que iam desaparecendo no rasto do progresso. Em 1958 expunha nas vitrines de “A Triunfal Modas”, ao mesmo tempo que partia para o “trabalho de campo”, auxiliado por estudantes. Coube à “Camisaria das Fábricas”, em 1959, a vez de abrigar a mestra folclórica. Nos anos de 1960, 1961, 1962 e 1963, as exposições foram para o salão do antigo Colégio Olímpia, hoje extinto. Em 1964 todo o material, consideravelmente ampliado, pôde ser visto pelos interessados, na “Exposição de Móveis Bandeirantes”.
Sem mestre, orientador ou guia, José Sant´anna não tardou muito a colher os frutos dos esforços, das pesquisas, dos estudos. Realizou o 1º Festival do Folclore, em 1965, coadjuvado pelos professores do então Colégio Estadual e Escola Normal “Capitão Narciso Bertolino”, com a exposição montada na antiga “Taba do Carajá”, a participação da cantora Ely Camargo e encerramento com magnífico desfile. Logo após, travou conhecimento com o Dr. Rossini Tavares de Lima e com a Profª Laura Della Mônica, ilustres folcloristas, tornando-se, a seguir, membro efetivo da Associação Brasileira do Folclore.
Em 4 de julho de 1966 criou o Departamento de Folclore de Olímpia, de que participaram os professores da Escola Estadual de 2º Grau “Capitão Narciso Bertolino”, cujo objetivo era incentivar o estudo do folclore e chamar a atenção para a sua extraordinária importância, por meio de cursos intensivos, conferências e exposições. Naquele ano cria-se, no Museu de Folclore do Ibirapuera, uma seção especial para Olímpia e o 2º Festival do Folclore alcançava a mais ampla repercussão.
Já se preparavam os festejos do 3º Festival do Folclore, que contou também com a 1ª Exposição Filatélica, quando o governador Abreu Sodré, assinou o Decreto nº 43310, estabelecendo agosto como o “Mês do Folclore”. Em 27 de setembro eram designados Rossini Tavares de Lima, José Sant´anna, Alfredo João Rabaçal, Hélio Damante e Laura Della Mônica para, sob a presidência do primeiro, constituírem a Comissão Estadual de Folclore e Artesanato.
Sucederam-se o 4º e o 5º festivais em 1968 e 1969, respectivamente. Neste último ano, os dois jornais da cidade circularam com variada matéria folclórica. O primeiro disco, com músicas coletadas na região foi lançado sob o título “Olímpia e seu Folclore Musical”. De São Paulo aqui chegou a Comissão de Folclore.
A repercussão dos festivais anteriores havia trazido a Olímpia gente de todos os recantos. A cidade vivia os seus momentos mais agitados. Por toda parte, no encerramento, o povo se comprimiu para assistir à passagem dos grupos folclóricos com sua coreografia pitoresca e vestes esquisitas e coloridas. Era uma festa de cores, sons e ritmos, onde o belo e o exótico se irmanavam proporcionando um espetáculo de inusitada alegria e estranha beleza.
Naquele ano a Comissão de Folclore, acolhendo uma sugestão de Hélio Damante, pelo que Olímpia representa e por tudo quanto aqui tem sido feito pela preservação e conhecimento do folclore de todo o país, resolveu brindar a nossa cidade, com o cognome por que é, hoje, amplamente conhecida: a Capital do Folclore.
Rothschild Mathias Netto Fonte: http://www.folcloreolimpia.com.br/